domingo, 11 de outubro de 2009

Como conquistar um homem em sete dias.



É preciso começar com uma advertência para o público feminino: mulheres fiquem à vontade para utilizar essa técnica com seus homens, embora seja um artigo escrito e testado, exclusivamente, para o publico gay ele funciona para todos os homens em geral.

A Bíblia diz que Deus criou o mundo em sete dias, ainda que seja uma forma simbólica de interpretar esse tempo, a grande diferença entre uma lenda e um fato está na forma como a enxergamos. Encontrar o homem ideal está ficando cada vez mais distante da nossa realidade, mas existem maneiras especificas para fisgar um bom pretendente sem entrar numa roubada.

Primeiro dia Foi-se o tempo em que o sexo prendia um relacionamento. No mundo gay existe o tal fast fuck, a famosa foda rápida, que é tão instantânea como um lanche que consumimos no Mcdonalds. Se você não for bom na cama, provavelmente terão 100 melhores do que você na próxima esquina; mais bonitos, jovens e gostosos, querendo transar com seu homem, e ainda por cima sem compromisso, o que o deixará mais livre e satisfeito.


Então não pense em começar uma história como num conto de fadas. Leve o seu príncipe para a cama e faça bem feito, dê o máximo de si. Explore todas as possibilidades, mas não chegue ao limite. Descubra até onde pode ir e não siga adiante, porque o melhor deve vir depois. Tente captar o que ele mais gosta, o que mais o excita fazendo com que o rapaz suba as paredes, e depois de ter detectado isso não faça mais nada, por enquanto. O nosso poder de barganha começa quando descobrimos que temos um carta na manga. Ele vai pensar “E amanhã como será?”


Agora, se a química não foi tão boa da primeira vez, apele para algum objeto de valor. Suma com a carteira ou o celular dele e force um próximo encontro, uma nova oportunidade.

Segundo dia - No segundo encontro, seja distante e próximo ao mesmo tempo. Jamais demonstre que está desesperado por companhia ou que deseja algo sério com alguém. Os gays, até os mais bem resolvidos, têm medo de regras e compromissos. Então deixe a coisa fluir e prepare algo novo. Use seu poder de persuasão para encontrar um ponto em comum entre vocês. Se ele gostar de natureza, por exemplo, sugira que façam uma trilha a um lugar mágico, em que ele nunca foi e que você jura ser a primeira vez que pisa os pés lá. Agora sim, faça o sexo mais gostoso e selvagem que puder. Pense somente no prazer que ele pode sentir e finja que o mesmo está comandando a situação, que ele é poderoso, que nunca alguém lhe deu tanto prazer como o faz. A vaidade do homem, independente da sexualidade, está entre as pernas.

Terceiro dia – Depois de um sexo fabuloso e um ponto em comum, ele só precisa ter a certeza de que você não é um serial killer ou um maluco que vai fazê-lo perder os próximos meses da vida dele.


Ele vai lhe procurar.


Se não o fizer, pode ser que ele se encaixe na grande porcentagem dos arrogantes que não ligam no dia seguinte e estão acostumados com as pessoas rastejando e implorando pela companhia deles. Deixe o orgulho para depois e ligue, entre no jogo do rapaz.


Faz parte da vida mentir um pouco. Afinal, um relacionamento não sobrevive com pequenas mentiras. Isso se chama regar a planta e preservar um jardim. Assim sendo, você precisa detectar o que ele mais gosta de fazer e qual o seu objetivo como homem, seu sonho mais ufano e sua meta de cada dia. Se ele for um escritor, por exemplo, diga que nunca leu nada antes tão intrigante, que ele tem uma capacidade incontestável de transformar algo simples numa coisa extraordinária. E peça para que ele escreva mais, leia atentamente tudo que ele desenvolver e comente cada parágrafo até perceber um brilho diferente nos olhos dele. A humanidade sobrevive somente disso: de vaidade.


Quarto dia - Não faça sexo, sobre hipótese alguma, no quarto encontro. Se você chegou até aqui, pense que ele está apostando em você e não somente na foda. Encontrar-se com um gay quatro vezes é uma honra nos dias de hoje, uma vez que há tanta facilidade de sexo e propostas de namoro por toda parte, embora os seres humanos, no final das contas, procuram por um porto seguro. Todos temos medo de envelhecer sozinhos.

Então, proponha um programinha a dois, num barzinho, cinema, restaurante, seja lá qual for a melhor opção, e conversem sobre coisas que não dizem nada e deixe-o à vontade para falar sobre a vida dele. Não vá com sede ao pote, mas tente falar sobre algum momento ruim que você tenha passado e se superou com maturidade. Todo mundo gosta de saber que está pisando em terreno firme.


Deixe a entender que haverá sexo depois e, somente então, quando a conta for paga, explique que foi ao médico e não pode transar por alguns dias. Invente uma cirurgia de apêndice, por exemplo, e se possível for, compre uma cinta que modela a barriga e vista para dar mais credibilidade ao fato.


Quinto dia – Não ligue. Espere, seja paciente que o telefone irá tocar em breve. A parte mais saudável de um relacionamento é deixar a pessoa livre para tomar atitudes. Se você ficar encima regulando todos os passos e ditando ordens, possivelmente perderá a pessoa de imediato. Imagine que depois de fazer um sexo espetacular, admirar o trabalho dele e ser atencioso com seus interesses, você está passos adiante de qualquer “Zé ninguém” que cruza o caminho dele com o intuito de um simples fast fuck. Ele certamente vai ligar. Vale lembrar que existem os que não ligam nunca,por nada. Para estes, entre em contato dizendo que tem uma idéia para um de seus livros ou que conhece alguém do ramo que possa ajudá-lo. Interesse: um relacionamento é baseado nisso, estamos sempre com alguém por um motivo maior, ainda que não percebamos.


Sexto dia – Teste a fidelidade e o comportamento dele sem que ele perceba. Organize um encontro casual e vá acompanhado daquele amigo bonitinho e “fura olho”, que provavelmente você tem vários, o mundo gay está infestado deles. Deixe a situação bem à vontade, com um papo agradável e democrático. Uma vez que o seu amigo Judas esteja atacando seu homem, não dê bandeira e nem deixem perceber que você está com ciúmes, pois pode passar a impressão de que você não tem confiança em si mesmo e que será um daqueles que irá regular os olhares dele. Demonstre superioridade e deixe bem claro que viver com você é estar entre o amor e o respeito, com base na liberdade. O instinto masculino não sobrevive à pressão. Não mesmo.


Uma dica muito importante. Repare como ele trata um garçom, um subalterno, um conhecido qualquer e tenha a certeza de que assim você será tratado no futuro. Pergunte como é o relacionamento com os pais dele e deixe a conversa fluir que em breve terá todas as informações de que precisa. Saberá como ele terminou o último namoro e se eles ainda são amigos. Assim poderá tirar suas conclusões.


Sétimo dia – Dizem que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, daí surgiu o tão sagrado Domingo que foi parar na lista dos dez mandamentos de Moisés. A diferença é que nesse caso o sétimo dia será um verdadeiro pecado, o dia em que você trabalhará mais para alcançar o seu objetivo, pois essa será a ultima chance para definir se a sua história seguirá adiante. Encontre-se com ele, saiam para comer algo e conversem sobre vocês, mas nunca fale mais do que ele. Temos duas orelhas e uma boca justamente para não ultrapassarmos esse limite. Interesse-se por qualquer idiotice que ele venha a dizer e se tiver eficiência, faça com que seus olhos fiquem úmidos, demonstrando estar emocionado com a bobagem toda. O sexo deve vir em seguida, intenso e passional. Uma transa onde tem sentimento é mil vezes melhor e faz com que fiquemos desorientados. Preste atenção no que ele vai dizer durante esse momento em que a sensibilidade está à flor da pele. E tenha a certeza de que ele deixará escapulir algo, nem que seja um “Eu te amo”, numa entonação bem baixa, em que ele terá se envergonhado de dizer tão precocemente.


sábado, 10 de outubro de 2009

Assumindo a paixão




Assumindo a paixão


Paixão... Alguns anos, uma quantidade razoável de meses, uma fração de dias ou, quem sabe, horas. Ninguém tem o poder de cronometrar o tempo que dura esse sentimento nem mesmo como fazer com que essa explosão de sensações se prolongue por uma eternidade pueril. Assumir a paixão pode ser tão difícil quanto sair do armário sim.



A vida é simples, então as pessoas deveriam ser simples, embora algumas se acham simploriamente importantes. Ser feliz sem motivo é uma atitude talentosa e a felicidade nos faz enxergar a vida a olhos nus, da forma mais natural e verdadeira. Não precisa ser um heterossexual convicto para sentir uma vontade intensa de amar nas extremidades, ultrapassando os limites, explorando as margens.



Tudo bem que no mundo gay vivemos com mais intensidade, com certa vulnerabilidade de idéias e ideais. A cada dia estamos nos transformando, amadurecendo opiniões, enxergando novos pontos de vista e tirando conclusões inesperadas. Às vezes terminamos por trocar de parceiros com uma facilidade absurda. Num dia qualquer acordamos com o tempo nublado e decidimos mudar de casa com a equivocada idéia de que o sol possa se abrir em outra janela, e isso nem sempre acontece. As paixões sempre vêm para as pessoas, embora, às vezes, elas possam ser únicas, daí o motivo de tentar fazer com que ela prospere. É preciso estar preparado para viver o desconhecido, desbravar essa loucura que corre pelas nossas veias bombeando ou afrouxando o nosso coração.



Desde quando os gays perderam esse sentimento? O dia em que a humanidade reprimiu o amor homossexual, ela, automaticamente, seqüestrou o direito de podermos viver uma existência apaixonada. Mas aceitar isso é ignorância.



Certa vez, caminhando pela lagoa Rodrigo de Freitas, um dos mais belos locais do Rio de Janeiro, vi um casal de adolescentes sentado num píer contemplando o pôr do sol e deixando que aquele momento esclarecesse o que sentiam um pelo outro. Porque é muito fácil sorrir quando estamos diante de alguém que nos faz sentir vivos. Porém, quantos de nós teríamos a coragem de nos assumir e enfrentar a sociedade em nome da paixão. Seríamos capazes de batalhar pelo que sentimos?



O fato de sermos o Romeo e não termos uma Julieta não implica que devemos desistir de viver um conto de fadas com outro Romeo, com um príncipe encantado ou por um sapo super sem graça, mas que nos faz pular de alegria. A vida é uma só e é tão curta como um produto que tem prazo de validade.



Quem de nós nunca abriu mão de uma história de amor e viu a oportunidade ir embora pelo simples receio de tentar? Crescemos acostumados com o medo, com o temor de nos assumirmos gays e terminamos por lidar com os nossos sentimentos da mesma forma, sem muitos riscos e muitas dúvidas. Que atire a primeira pedra aquele que jamais deixou alguém partir pela incerteza de viver o sim. Optamos em acreditar que o amor da nossa vida sempre vai estar na próxima esquina, na próxima poltrona num avião, numa fila do banco, nos esbarrando em meio a uma encruzilhada... E deixamos as pessoas passarem por nós, renunciamos alguns momentos mágicos porque pensamos que levar tudo adiante pode custar o nosso entusiasmo e nos trazer uma ilusão difícil de conviver.



As paixões vão e vêm como as ondas do mar, e enquanto essas águas ficam cumprindo o seu papel, o mais inteligente a ser feito é nos molharmos por completo sem darmos atenção às pessoas que estão na areia, sem nos limitarmos aos compromissos que a nossa sociedade exige e sem pensar em cobranças que manipulam a nossa forma de amar...
Amar e se apaixonar sempre, e um dia ter, ao menos, histórias para contar, porque disso é feito a vida: de paixão.